terça-feira, maio 03, 2005

No Banco

Vcs não vão acreditar, se tivesse uma camêra eu juro que filmava, adoro esses manifestos populares improvisados, esse calor humano e todo ar de rebeldia intrínseco neles, a questão é a seguinte: estou no BB e tem uma mulher rodando a baiana, gritando, fazendo vergonha mesmo, porque já são quase quatro da tarde e ela está aqui desde de manhã e ainda não resolveu seu problema e toda a populacão bancária a aplaudiu, realmente um clamor popular maravilhoso, eu ajudei, só parei pra registrar isso, está aí o lado bom de sempre ter papel e caneta em mãos (ou lápis/lapiseira como no caso agora, em mãos ou na bolsa, eu procuro sempre ter, não só isso na verdade ando cheia de tralhas, a coluna já reclama aos dezesssete anos mas realmente faz-se necessário), apesar de sempre ter material para escrever eu raramente o faco, por preguica ou porque quando tenho boas idéias nem sempre estou como hoje, sentada num banco, bem acomodada, esperando atendimento, na maioria das vezes tô andando, em pleno movimento, ou num ônibus com muito sono, logo, preguica. Voltando ao assunto do Banco; sem nenhuma discriminacão, mas a tal mulher é negona, cabeca raspada à máquina um, argolas, bolsinha preta de lado feita de zíper, blusa creme e uma bermuda de lycra roxa, realmente vestida assim e fazendo todo esse rebuceteio (e ela tá com toda razão) tinha de ser aplaudida, ovacionada*, foi demais, adoro esses "casos de rua", que acontecem quando saio, torna tudo mais interessante.

*Me perdoem se o significado estiver trocado.